Odorico Paraguaçu

Odorico Paraguaçu
Personagem de O Bem-Amado

Paulo Gracindo como Odorico, na televisão
Informações gerais
Primeira aparição "Odorico, o Bem Amado ou Uma Obra do Governo" (teatro)
Última aparição El bienamado (2017)
Criado por Dias Gomes
Interpretado por Paulo Gracindo
Marco Nanini / Jesús Ochoa (versão Mexicana Televisa)
Informações pessoais
Pseudônimos Odorico Cienfuegos (versão Mexicana)
Nascimento Sucupira (BA)
Origem  Brasil
Características físicas
Espécie Humano
Sexo Masculino
Família e relacionamentos
Família Paraguaçu (BR) / Cienfuegos (MX)
Informações profissionais
Ocupação Político
Aparições
Série(s) O Bem-Amado (série) / O Bem-Amado (telenovela) / El bienamado (2017)

Odorico Paraguaçu é uma personagem ficcional criado pelo dramaturgo brasileiro Dias Gomes e principal da sua peça teatral Odorico, o Bem Amado ou Uma Obra do Governo, escrita em 1961 e que, representando de modo caricatural e estereotipado a figura do político da época - malicioso, sem escrúpulos e com traços do coronelismo, fazendo discursos verborrágicos eivados de falsas citações e falsa erudição (como a frase com neologismo e que se tornou expressão popular “os finalmentes justificam os não obstantes”), é eleito prefeito na fictícia cidade de Sucupira, no estado da Bahia, com a promessa de construir ali um cemitério. Depois da peça original, o personagem foi transposto para telenovelas e para o cinema.[1]

Foi vivido pelo ator Paulo Gracindo, entre outros. O personagem representa a figura de um prefeito corrupto que fazia de tudo para inaugurar um cemitério.[2]

Dono de uma fazenda produtora de azeite de dendê, era neto de Firmino Paraguaçu e filho do coronel Eleutério Paraguaçu. Candidato a prefeito da cidade fictícia de Sucupira, elegeu-se com a promessa de construir o cemitério da cidade.[2] Apesar de corrupto e demagogo, era adorado pelos eleitores e exercia fascínio sobre as mulheres.[2] Era pai de Telma (Sandra Bréa) e Cecéu (João Paulo Adour).[2]

O problema de Odorico é que, após a inauguração do cemitério, ninguém mais morreu. Desesperado com a situação, tomou iniciativas macabras para concretizar sua promessa, provocando situações cômicas. No final, Odorico Paraguaçu foi assassinado por Zeca Diabo[2] (Lima Duarte/José Wilker) e inaugurou, finalmente, o cemitério, sendo que, de vilão, passou a mártir.

Dono de uma retórica vazia, gostava de citar filósofos e políticos, como Platão e Rui Barbosa, ou inventava frases que atribuía a personalidades.[2]

Apareceu pela primeira vez na peça de teatro Odorico, o Bem Amado ou Os Mistérios do Amor e da Morte, encenada pela primeira vez em 30 de abril de 1969 no Teatro de Santa Isabel, em Recife, com o ator Procópio Ferreira na pele da personagem.

No teatro e no cinema o personagem foi vivido também pelo ator Marco Nanini. Na televisão, o primeiro a interpretá-lo foi Rolando Boldrin. Também foi interpretado por Jesús Ochoa na versão Mexicana para Televisa.

Ver também

Referências

  1. Fernandes 2015, p. 7.
  2. a b c d e f Memória Globo

Bibliografia

  • Fernandes, Carlos Antônio (2015). As estratégias políticas de O Bem Amado, farsa sociopolítica em 9 quadros: uma construção discursiva do personagem Odorico Paraguaçu (PDF) (Tese de mestrado). UFMG. Consultado em 31 de agosto de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 19 de março de 2020 
  • Dias, José (2009). Odorico Paraguaçu: O Bem-amado de Dias Gomes - História de um personagem larapista e maquiavelento (PDF). Col: Aplauso digital ed. [S.l.]: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. 192 páginas. ISBN 978- 85-7060-781-2. Consultado em 31 de agosto de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 19 de fevereiro de 2019 </ref>
  • v
  • d
  • e
O Bem-Amado, por Dias Gomes
Equipe criativa
Dias Gomes (roteirista)  • Régis Cardoso (diretor de núcleo)
Personagens
Odorico Paraguaçu  • Zeca Diabo  • Irmãs Cajazeiras
Outras mídias
série  • filme  • remake mexicano de 2017
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