Kikla

Kikla

ككلة

  Vila  
Localização
Kikla está localizado em: Líbia
Kikla
Localização de Kikla
Coordenadas 32° 04′ N, 12° 41′ L
País  Líbia
Região Tripolitânia
Distrito Jabal Algarbi
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Kikla (em árabe: ككلة; romaniz.: Kikla) é uma localidade do distrito de Jabal Algarbi, na Líbia.

Guerra Civil Líbia

Em 2011, a televisão libanesa citou fonte militar que dizia que militares e civis em Trípoli, Azizia e Kikla foram alvo de ataques. [1] Em abril, segundo documentos enviados ao Tribunal Penal Internacional, cerca de 121 jovens, entre 15 e 17 anos recrutados pelas tropas lealistas e oriundos de Sábrata, Kikla, Tuarga e Murzuque, foram capturados por insurgentes.[2] Em 15 de junho, segundo televisão oficial do regime, a invasão da OTAN em ônibus teria matado 12 pessoas na quarta-feira em Kikla.[3] Em 4 de julho, insurgentes alegaram que libertaram Jefrém e Kikla, que estavam sob cerco lealista.[4] Em setembro, surgiu, após a passagem de tropas lealistas por Nalute, Jadu, Jefrém e Kikla, de movimentos de cunho identitário berbere.[5]

Em maio de 2012, milicianos de Kikla atacaram escritório do primeiro-ministro interino Abdurraim Alcaíbe exigindo pagamento com disparos ao ar.[6] Em 11 de agosto de 2014, iniciaram intensos combates em Kikla e arredores quando brigadas de Zintane lançaram ofensiva para assumir controle de vários locais e estradas nas montanhas Nafuça sob controle de islamitas, deixando ao menos 23 mortos. A intensificação dos combates em Nafuça despertou temores de uma possível guerra tribal e étnica maior.[7] Em 1 de novembro, as brigadas atacaram Kikla matando 18 pessoas e ferindo outras 84,[8] e até dia 5 havia 142 mortos e 518 feridos.[9] Em 12 de novembro, 2 milicianos foram mortos.[10]

Em 2015, conflitos daquele ano levaram a fuga muitas pessoas de Uaxarfana, Zintane, Kikla e Bengasi.[11] Segundo relatórios internacionais, cerca de 181 pessoas de Kikla foram vítimas de membros do Estado Islâmico[12] e como os conflitos na região eram constantes, isso impedia que a população recebesse assistência, inclusive médica.[13] Em 2016, os anciãos de Zintane e Kikla analisaram um acordo de paz a ser assinado.[14] Em agosto, houve tiroteios em Trípoli no bairro habitado por refugiados de Kikla.[15]

Em outubro, militares de Gariã, Jefrém, Jadu, Kikla, Rujbane e Axguiga participaram num encontro em Gariã no qual se decidiu a união das forças locais sob comando conjunto dos generais brigadeiros Alrama Suaisi e Maomé Xataíba.[16] Em 2017, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento em parceria ao Governo do Acordo Nacional e parceiros internacionais fez progresso à revitalização do país ao melhorar a infraestrutura e reabilitando hospitais e escolas em Bengasi, Kikla e Ubari.[17] Em junho, com a divisão da Universidade da Montanha Ocidental em duas e a subsequente criação das Universidades de Gariã e Zintane, a Faculdade de Educação sediada em Kikla ficou sob jurisdição de Gariã.[18]

Referências

Bibliografia

  • Almenfi, Mohamed (2016). «Op-Ed: In Libya, only one system of law is functioning, and it's not state law». Libya Herald 
  • Clark, Helen (2017). «Helen Clark: Statement to the First Regular Session of the UNDP Executive Board» 
  • DiVentura, Vito (2011). «Libia: Elicotteri "Apache" in azione» 
  • «Les USA refusent de revenir en première ligne en Libye». Le Figaro. 2011 
  • «La rébellion prend de nouvelles villes dans l'ouest de la Libye». Rádio ICI. 2011 
  • «Commander: 18 Islamist fighters killed in Libya». Daily Star. 2014 
  • «Libye:142 morts au cours d'affrontements entre milices rivales à l'ouest de Tripoli». Dja Zairess. 2014 
  • «Dos coches bomba explotan en un mercado en la ciudad libia de Tobruk». El Diario. 2014 
  • «Libya: Appearance of IS Flag on Building Sparks Heavy Shooting in Tripoli». North Africa Post. 2016 
  • Ash, Nigel (2016). «Jebel Nafusa towns form joint operations room». Libya Herald 
  • «Kiklah». Traveling Luck 
  • Cousins, Michel (2017). «Western Mountain University split into two – Gharyan and Zintan universities; new Wirshefana university». Libya Herald 
  • El Deeb, Sarah (2014). «Militia fighting in Libya's west kills 23» 
  • Jiménez, Laura (2015). «El temor al Estado Islámico vacía Libia de cristianos» 
  • Muñoz, Juan Miguel (2011). «Gadafi envía a adolescentes al frente» 
  • Otaviani, Jacopo (2015). «La guerra in Libia in realtà non è mai finita. Dal 2014 ci sono stati oltre tremila morti» 
  • Plantade, Yidir (2011). «A Tripoli, les Berbères réclament leur place dans la Libye nouvelle» 
  • Shane, Scott; Becker, Jo (2016). «A New Libya, With 'Very Little Time Left'»  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
  • Travan, Roberto (2015). «Emergency ha aperto un ospedale in Libia»