Hexano-2,5-diona
Hexano-2,5-diona Alerta sobre risco à saúde | |
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Outros nomes | 1,2-Diacetiletano 'α','β'-Diacetiletano Acetonil acetona Diacetonil 2,5-Dioxoexano 2,5-Dikctoexano 2,5-Hexanediona |
Identificadores | |
Número CAS | 110-13-4 |
PubChem | 8035 |
ChemSpider | 7744 |
ChEBI | 85104 |
Número RTECS | MO3150000 |
SMILES |
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InChI | 1/C6H10O2/c1-5(7)3-4-6(2)8/h3-4H2,1-2H3 |
Propriedades | |
Fórmula molecular | C6H10O2 |
Massa molar | 114.1438 g mol−1 |
Aparência | líquido incolor |
Densidade | 0.973 g cm−3, líquido |
Ponto de fusão | −5.5 °C, 268 K, 22 °F |
Ponto de ebulição | 191.4 °C, 465 K, 377 °F |
Solubilidade em água | ≥ 10 g/100 mL (22 °C) |
Susceptibilidade magnética | -62.51·10−6 cm3/mol |
Estrutura | |
Forma molecular | planar trigonal no carbonilo tetraédrico no restante da estrutura |
Página de dados suplementares | |
Estrutura e propriedades | n, εr, etc. |
Dados termodinâmicos | Phase behaviour Solid, liquid, gas |
Dados espectrais | UV, IV, RMN, EM |
Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde. |
Hexano-2,5-diona, também chamada de 2,5-hexanediona ou acetonilacetona, é uma dicetona alifática. Em humanos, é um metabólito tóxico do hexano e da 2-hexanona.
Síntese
Um processo para a produção de 2,5-hexanodiona tem sido descrito, por hidrólise da lactona de ácido alfa-acetil-gam1na-ciano-gama-hidroxivalérico na presença de álcali e com a inclusão de sulfato ferroso o qual complexa o subproduto ácido hidrociânico formado durante a hidrólise, evitando assim a sua posterior reação e degradação do produto dicetona.[1][2]
Usos
Acetonilacetona pode ser usado na síntese de isocarboxazida,[3] rolgamidina,[4] e mopidralazina.
Sintomas de intoxicação
A toxicidade crônica do hexano é atribuída a hexano-2,5-diona. Os sintomas são formigamentos e cólicas nos braços e pernas, seguido de fraqueza muscular geral. Em casos graves, atrofia dos músculos esqueléticos é observada, conjuntamente com perda de coordenação e problemas de visão.[5]
Sintomas semelhantes são observados em modelos animais. Eles estão associados a uma degeneração do sistema nervoso periférico (e eventualmente o sistema nervoso central), começando com as porções distais dos axônios dos nervos mais longos e mais largos.
Mecanismo de ação
Parece que a neurotoxicidade da 2,5-hexanediona reside em sua estrutura γ-dicetona visto que 2,3-, 2,4-hexanodiona e 2,6-heptanodiona não são neurotóxicas, enquanto 2,5-heptanodiona e 3,6-octanodiona e outras γ-dicetonas são neurotóxicas.[6] De fato, α-dicetonas mais elevadas, como 2,3-pentanodiona e 2,3-hexanodiona, são encontradas em pequenas quantidades em vários alimentos. Elas são usadas como componentes de aroma em bebidas sem álcool e em produtos de padaria.[7]
2,5-Hexanediona reage com resíduos críticos de lisina em proteínas axonais por formação de base de Schiff seguida por ciclização resultando pirróiss. Oxidação dos resíduos de pirrol então causam reticulação (“cross-linking”) entre duas proteínas n-hexano-modificadas. A desnaturação resultante das proteínas perturba o transporte e a função axonal e causa danos a células nervosas.[8]
Referências
- ↑ Process for preparing 2,5-hexanedione - US 3819714 A
- ↑ W. M. Cumming; Primary: Systematic organic chemistry, 194, 1937. - www.prepchem.com/
- ↑ Patente E.U.A. 2 908 688
- ↑ Patente E.U.A. 4 140 793
- ↑ Couri D, Milks M. "Toxicity and metabolism of the neurotoxic hexacarbons n-hexane, 2-hexanone, and 2,5-hexanedione" Annu. Rev. Pharmacol. Toxicol. 1982;22:145-66.
- ↑ Stephen R Clough; Leyna Mulholland (2005), «Hexane», Encyclopedia of Toxicology, 2 2nd ed. , Elsevier, pp. 522–525
- ↑ Hardo Siegel; Manfred Eggersdorfer (2007), «Ketones», Ullmann's Encyclopedia of Industrial Chemistry 7th ed. , Wiley, p. 16
- ↑ Wolfgang Dekant; Spiridon Vamvakas (2007), «Toxicology», Ullmann's Encyclopedia of Industrial Chemistry 7th ed. , Wiley, p. 23