Disfunção testicular
Disfunção testicular | |
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Anatomia do testículo | |
Especialidade | urologia |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | E29 |
CID-9 | 603-604 |
CID-11 | 236288314 |
MeSH | D013733 |
Leia o aviso médico |
Disfunção testicular é uma doença endócrina e reprodutiva masculino que pode ser caracterizado por produção excessiva (hipergonadismo) ou insuficiente (hipogonadismo) de andrógenos, como testosterona e diidrotestosterona. É uma possível causa de infertilidade masculina e androginia.[1]
Causas
Existem diversas possíveis causas, os testículos são muito sensíveis a estímulos externos como medicamentos, doenças e traumas[2][3]:
- Uso contínuo ou interrupção brusca de medicamentos como:
- Anabolizantes;
- Glucocorticoides;
- Cetoconazol;
- Opiáceos;
- Quimioterapia;
- Problemas genéticos:
- Síndrome de Klinefelter (XXY);
- Síndrome do XYY;
- Doenças do testículo como:
- Caxumba;
- Orquite;
- Adenoma testicular;
- Doenças na hipófise ou hipotálamo;
- Câncer de testículo;
- Epididimite;
- Hemocromatose;
- Criptorquia;
- Golpe ou torção dos testículos;
- Lesões leves e constantes aos testículos (como moto e cavalo);
- Consumo frequente de maconha.
O excesso de testosterona, assim como de outros hormônios, costuma resultar em inibição dos LH, que estimula sua produção, corrigindo o problema em indivíduos saudáveis e que não tomem esteroides. Por isso é mais comum a falta que o excesso de testosterona em homens, especialmente em homens mais após os 60 e em obesos, quando a testosterona está diminuída.[carece de fontes?]
Fatores de risco
Queda da produção testicular de testosterona pode ocorrer por[4]:
- Obesidade;
- Doenças crônicas sistêmicas;
- Apneia do sono;
- Síndrome de Kallmann;
- Etnia e histórico familiar (câncer testicular é 5 vezes mais comum em afro-americanos);
- Diabetes mellitus;
- Hipertensão arterial;
- Envelhecimento natural.
Sinais e sintomas
Sintomas de excesso de testosterona
Sintomas de falta de testosterona
- Menor crescimento;
- Ginecomastia;
- Infertilidade;
- Menor massa muscular;
- Menor desejo sexual (libido);
- Falta de pelos púbicos e axilares;
- Atraso no desenvolvimento de características sexuais masculinas secundárias (crescimento de cabelo, aumento do escroto, o alargamento do pênis e mudança de voz).
Epidemiologia
Deficiência de testosterona por baixa função testicular (hipogonadismo masculino) é um problema muito comum entre os mais velhos, atingindo de 5,6% a 39% dos homens após os 45 anos, e de 2,1 a 12% na população geral. A grande maioria 87%, não fez tratamento de reposição hormonal. [5]
Em pesquisas com uso de anabolizantes no Brasil, encontraram que 2 em Santa Maria/RS, 8% em São Paulo e 24% em Goiânia e Porto Alegre, dos praticantes de musculação usavam algum anabolizante.[6]
Tratamento
Em caso de falta ou excesso de andrógenos ou distúrbio genético, a terapia de reposição hormonal masculina pode re-estabelecer os níveis normais de GnRH, FSH, LH e testosterona. Deve ser feito com acompanhamento médico, e nem sempre é feito, pois aumento de testosterona pode causar câncer de próstata.[3]
Caso o problema seja algum câncer, pode ser necessário cirurgia para remover o tumor, radioterapia e/ou quimioterapia. Já se o problema for uma infecção bacteriana, deve ser tratado com antibióticos adequados. Se o problema for medicamentoso, o remédio ou a dose devem mudar. Caso o problema seja um trauma leve ou viral, proteger os testículos, beber água e repouso podem ser suficientes para o organismo se auto-reparar.
Em caso de torção dos testículos, descenso incompleto ou trauma físico grave, cirurgia pode melhorar a irrigação sanguínea e posicionamento local, melhorando a produção de andrógenos.
Referências
- ↑ http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7705323
- ↑ http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/spanish/ency/article/000395.htm
- ↑ a b «Cópia arquivada». Consultado em 22 de junho de 2014. Arquivado do original em 22 de maio de 2011
- ↑ http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/male-hypogonadism/basics/risk-factors/con-20014235
- ↑ http://www.medscape.org/viewarticle/746602
- ↑ http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/6723/000489079.pdf?sequence=1