Curva pedal

Construção geométrica da curva pedal de C {\displaystyle C} em relação a P {\displaystyle P}

Para uma curva C {\displaystyle C} e um ponto fixado P , {\displaystyle P,} a curva pedal de C {\displaystyle C} é o lugar geométrico dos pontos X {\displaystyle X} tais que P X {\displaystyle PX} é perpendicular a tangente da curva que passa por X . {\displaystyle X.} O ponto P {\displaystyle P} é chamado de ponto pedal. A curva pedal é a primeira de uma série de curvas C 1 , {\displaystyle C_{1},} C 2 , {\displaystyle C_{2},} C 3 , {\displaystyle C_{3},} etc.., onde C 1 {\displaystyle C_{1}} é a curva pedal de C , {\displaystyle C,} C 2 {\displaystyle C_{2}} é a curva pedal de C 1 , {\displaystyle C_{1},} e assim por diante.

Mais precisamente, em qualquer ponto R {\displaystyle R} sobre C , {\displaystyle C,} seja T {\displaystyle T} a reta tangente em R . {\displaystyle R.} Existe um único ponto X {\displaystyle X} sobre T {\displaystyle T} que ou é P {\displaystyle P} (no caso de P {\displaystyle P} pertencer a T {\displaystyle T} ) ou forma com P {\displaystyle P} a reta perpendicular a T . {\displaystyle T.} A curva pedal o conjunto dos tais pontos X , {\displaystyle X,} chamados de pé da perpendicular a T {\displaystyle T} a partir de P , {\displaystyle P,} conforme R {\displaystyle R} varia sobre pontos C . {\displaystyle C.}

Analogamente, existe um único ponto Y {\displaystyle Y} sobre a reta normal à C {\displaystyle C} em R , {\displaystyle R,} de forma que P Y {\displaystyle PY} seja perpendicular à normal, assim P X R Y {\displaystyle PXRY} é um retângulo (possivelmente degenerado). O lugar geométrico dos pontos Y {\displaystyle Y} é chamado curva contrapedal.

Equações

Equação cartesiana

Tome P {\displaystyle P} para ser a origem. Para obter uma curva dada pela equação F ( x , y ) = 0 , {\displaystyle F(x,y)=0,} se a equação da reta tangente em R = ( x 0 , y 0 ) {\displaystyle R=(x_{0},y_{0})} é escrita na forma

cos α x + s e n α y = p {\displaystyle \cos \alpha x+\mathrm {sen} \,\alpha y=p}

em seguida o vetor (cos α, sin α) é paralelo ao segmento P X , {\displaystyle PX,} e o comprimento de P X , {\displaystyle PX,} que é a distância da partir reta tangente à origem, é p . {\displaystyle p.} Também X {\displaystyle X} é representado em coordenadas polares por ( p , α ) {\displaystyle (p,\alpha )} e trocando ( p , α ) {\displaystyle (p,\alpha )} por ( r , θ ) {\displaystyle (r,\theta )} produzimos a equação polar para a curva pedal.[1]

Por exemplo,[2] para a elipse

x 2 a 2 + y 2 b 2 = 1 {\displaystyle {\frac {x^{2}}{a^{2}}}+{\frac {y^{2}}{b^{2}}}=1}

a reta tangente em R = ( x 0 , y 0 ) {\displaystyle R=(x_{0},y_{0})} é

x 0 x a 2 + y 0 y b 2 = 1 {\displaystyle {\frac {x_{0}x}{a^{2}}}+{\frac {y_{0}y}{b^{2}}}=1}

e escrever isso na forma descrita acima requer que

x 0 a 2 = cos α p , y 0 b 2 = s e n α p . {\displaystyle {\frac {x_{0}}{a^{2}}}={\frac {\cos \alpha }{p}},\,{\frac {y_{0}}{b^{2}}}={\frac {\mathrm {sen} \,\alpha }{p}}.}

A equação para a elipse pode ser usada para eliminar x 0 {\displaystyle x_{0}} and y 0 {\displaystyle y_{0}} dando

a 2 cos 2 α + b 2 s e n 2 α = p 2 , {\displaystyle a^{2}\cos ^{2}\alpha +b^{2}\mathrm {sen} \,^{2}\alpha =p^{2},}

e convertendo para ( r , θ ) {\displaystyle (r,\theta )} dados

a 2 cos 2 θ + b 2 s e n 2 θ = r 2 , {\displaystyle a^{2}\cos ^{2}\theta +b^{2}\mathrm {sen} \,^{2}\theta =r^{2},}

como a equação polar para a pedal. Isto é facilmente convertido para uma equação cartesiana

a 2 x 2 + b 2 y 2 = ( x 2 + y 2 ) 2 . {\displaystyle a^{2}x^{2}+b^{2}y^{2}=(x^{2}+y^{2})^{2}.}

Equação Polar

Seja P a origem, e C dado em coordenadas polares pela equação r = f(θ). Seja R=(r, θ) um ponto na curva, e X=(p, α) seu ponto correspondente na curva polar. Façamos que ψ denote o ângulo entre a reta tangente e o raio vetor. Ele é dado por:

r = d r d θ tan ψ . {\displaystyle r={\frac {dr}{d\theta }}\tan \psi .}

Então

p = r sin ψ {\displaystyle p=r\sin \psi }

e

α = θ + ψ π 2 . {\displaystyle \alpha =\theta +\psi -{\frac {\pi }{2}}.}

Essas equações podem ser usadas para produzir uma equação em p and α onde, quando transladado para r e θ, nos dá uma equação polar para a curva pedal. [3]

Por exemplo,[4] seja a curva uma circunferência com r = a cos θ. Então

a cos θ = a sin θ tan ψ {\displaystyle a\cos \theta =-a\sin \theta \tan \psi }

então

tan ψ = cot θ , ψ = π 2 + θ , α = 2 θ . {\displaystyle \tan \psi =-\cot \theta ,\,\psi ={\frac {\pi }{2}}+\theta ,\alpha =2\theta .}

Também temos

p = r sin ψ   = r cos θ = a cos 2 θ = a cos 2 α 2 . {\displaystyle p=r\sin \psi \ =r\cos \theta =a\cos ^{2}\theta =a\cos ^{2}{\alpha \over 2}.}

Com isso a equação polar da pedal é:

r = a cos 2 θ 2 . {\displaystyle r=a\cos ^{2}{\theta \over 2}.}

Da equação Pedal

A equação Pedal de uma curva e seu pedal são muito relacionados. Se P é pego como o ponto pedal e como a origem, então pode ser mostrado que o ângulo ψ entre a curva e o raio vetor no ponto R é igual ao ângulo correspondente para a curva pedal no ponto X. Se p é o tamanho da perpendicular de P até a tangente a curva (i.e. PX) e q é o tamanho da correspondente perpendicular desenhada de P até a tangente ao pedal, então por semelhança de triângulos

p r = q p . {\displaystyle {\frac {p}{r}}={\frac {q}{p}}.}

Disso segue imediatamente que se a equação Pedal da curva é f(p,r)=0 então a equação para a curva pedal é [5]

f ( r , r 2 p ) = 0 {\displaystyle f(r,{\frac {r^{2}}{p}})=0}

Com isso, todos os pedais positivos e negativos podem ser computados facilmente se a equação pedal da curva é conhecida.

Equações Paramétricas

Curva Pedal da Elipse


Seja v = P R {\displaystyle {\vec {v}}=P-R} o vetor de R até P e sejam

v = v + v {\displaystyle {\vec {v}}={\vec {v}}_{\parallel }+{\vec {v}}_{\perp }} ,

as componentes normal e tangencial de v {\displaystyle {\vec {v}}} com respeito a curva. Então v {\displaystyle {\vec {v}}_{\parallel }} é o vetor de R até X do qual a posição de X pode ser analisada.

Especificamente, se c é uma parametrização da curva então

t c ( t ) + c ( t ) ( P c ( t ) ) | c ( t ) | 2 c ( t ) {\displaystyle t\mapsto c(t)+{c'(t)\cdot (P-c(t)) \over |c'(t)|^{2}}c'(t)}

parametriza a currva pedal (excetuando-se pontos onde c' é zero ou indefinido).

Para uma curva paramétrica definida, sua curva pedal com o ponto pedal (0,0) é definida como:

X [ x , y ] = ( x y y x ) y x 2 + y 2 {\displaystyle X[x,y]={\frac {(xy'-yx')y'}{x'^{2}+y'^{2}}}}
Y [ x , y ] = ( y x x y ) x x 2 + y 2 . {\displaystyle Y[x,y]={\frac {(yx'-xy')x'}{x'^{2}+y'^{2}}}.}

Propriedades Geométricas

Considere um ângulo movendo-se rigidamente de forma que um de seus extremos seja fixo no ponto P, e o outro lado seja tangente a curva. Então, o vértice desse ângulo é X e traça assim, a curva pedal. Enquanto o ângulo se move, a direção do movimento em P é paralelo a PX a a direção do movimento em R é paralela a tangente T = RX. Portanto o centro instantâneo de rotação é a interseção da linha perpendicular a PX em P e perpendicular a RX em R, e esse ponto é Y. Assim, segue que a tangente à pedal em X é perpendicular a XY

Desenhe uma circunferência com diâmetro PR, então ela circunscreve o retângulo PXRY e XY é outro diâmetro. A circunferência e a pedal, são ambas perpendiculares a XY então elas são tangentes em X. Portanto a pedal é o envelope da circunferência com diâmetro PR onde R pertence à curva.

A linha YR é normal à curva e o envelope de tal normal e sua evoluta. Portanto YR é tangente a evoluta e o ponto Y é o pé da perpendicular de P a essa tangente, em outras palavras Y está no pedal da evoluta.

Exemplos

Limaçon — Curva pedal de um círculo

Quando C é uma circunferência a discussão acima mostra que as definições seguintes of a limaçon são equivalentes:

  • É o pedal da circunferência.
  • É o envelope da circunferência cujo diametro tem um ponto final em um ponto fixo e o ontro ponto final que percorre a circunferência.

Pedais de curvas Específicas

Pedals of some specific curves are:[6]

Curva Equação Ponto de pedal Curva Pedal
Circunferência Ponto da Circunferência Cardioid
Circunferência Qualquer Ponto Limaçon
Parábola Foco A reta tangente no vértice
Parábola Vértice Cissoide of Diocles
Conica Central Foco Circunferência auxiliar
Cônica Central x 2 a 2 ± y 2 b 2 = 1 {\displaystyle {\frac {x^{2}}{a^{2}}}\pm {\frac {y^{2}}{b^{2}}}=1} Centro a 2 cos 2 θ ± b 2 sin 2 θ = r 2 {\displaystyle {a^{2}}\cos ^{2}\theta \pm {b^{2}}\sin ^{2}\theta =r^{2}} (a hippopede)
Hibérbole Retângular Centro Lemniscata de Bernoulli
Espiral logarítmical


Ver também

  • Lista de curvas

Referências

  1. Edwards p. 164
  2. Segue Edwards p. 164 com m = 1 {\displaystyle m=1}
  3. Edwards p. 164-5
  4. Follows Edwards p. 165 with m=1
  5. Williamson p. 228
  6. Edwards p. 167
  • J. Edwards (1892). Differential Calculus. London: MacMillan and Co. pp. 161 ff. 
  • Benjamin Williamson (1899). An elementary treatise on the differential calculus. [S.l.]: Logmans, Green, and Co. pp. 227 ff. 

Leitura adicional

  • Differential and integral calculus: with applications by George Greenhill (1891) p326 ff. (Google books)
  • J. Dennis Lawrence (1972). A catalog of special plane curves. [S.l.]: Dover Publications. p. 60. ISBN 0-486-60288-5 
  • "Note on the Problem of Pedal Curves" by Arthur Cayley

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Curva pedal
  • Weisstein, Eric W. «Pedal Curve». MathWorld (em inglês) 
  • Weisstein, Eric W. «Contrapedal Curve». MathWorld (em inglês) 
  • Weisstein, Eric W. «Orthotomic». MathWorld (em inglês) 
  • "Podaire d'une Courbe" at Encyclopédie des Formes Mathématiques Remarquables