Aulo Postúmio Tuberto

Aulo Postúmio Tuberto
Ditador da República Romana
Aulo Postúmio Tuberto
Execução do filho de Aulo Postúmio por ter abandonado seu posto
1532-1535. Afresco de Domenico di Pace Beccafumi no Palazzo Comunale de Siena, na Itália.
Ditadura 431 a.C.

Aulo Postúmio Tuberto (em latim: Aulus Postumius Tubertus) foi um político da gente Postúmia nos primeiros anos da República Romana eleito ditador em 431 a.C. para enfrentar uma invasão de équos e volscos. Ele serviu ainda como mestre da cavalaria (magister equitum) de Mamerco Emílio Mamercino em 433 a.C.[1]. Ele e

Ditadura

Em 431 a.C., quando eram cônsules Cneu Júlio Mentão e Tito Quíncio Peno Cincinato, volscos e équos atacaram novamente os romanos e, como de costume, acamparam perto do monte Algido. O Senado, temendo um desacordo entre os dois cônsules, como já acontecera antes, decide entregar a campanha militar a um ditador, cuja escolha foi deixada a cargo de Tito Quíncio, que nomeou seu genro, Aulo Postúmio Tuberto, que tinha a fama de ser um comandante severo e decidido.

Postúmio, depois de nomear Lúcio Júlio Julo seu mestre da cavalaria (magister equitum), encarregou a defesa da cidade a Cneu Júlio e o comando dos dois exércitos a Cincinato. Os romanos então marcharam contra os inimigos, infligindo-lhes uma dura derrota[2].

E finalmente ele conquistou o acampamento e todos os inimigos, exceto os senadores, foram vendidos como escravos. Foi devolvido aos latinos e hérnicos o que se pôde reconhecer como deles no butim e o resto foi vendido pelo ditador. Deixando o cônsul encarregado do acampamento, o ditador retornou em triunfo para Roma e renunciou à ditadura.
 
Lívio, Ab Urbe condita IV, 2, 29[3].

Esta foi a última grande batalha entre Roma e os équos[2].

Execução do filho de Tuberto

Uma história muito conhecida relata que, durante sua campanha, o filho de Postúmio estava tão ansioso para lutar que abandonou o posto que seu pai havia lhe conferido e, por isso, foi condenado por ele à morte. Lívio duvida da veracidade da história em seu relato, notando que uma tradição similar — e mais infame — era associada com Tito Mânlio Torquato, cônsul em 347, 344 e 340 a.C. Porém, Niebuhr considera insuficiente o racional de Lívio para simplesmente descartar o episódio[3][4][5][6][7][8][9].

Referências

  1. Lívio, Ab Urbe condita IV 23.
  2. a b Lívio, Ab Urbe condita IV, 26-29.
  3. a b Lívio, Ab Urbe condita IV, 2, 29
  4. Diodoro Sículo, Bibliotheca Historica, XII 64.
  5. Ovídio, Fastos VI 721ss.
  6. Plutarco, Vidas Paralelas, Camilo. 2.
  7. Valério Máximo, Factorum ac dictorum memorabilium libri IX II 7. § 6.
  8. Aulo Gélio, Noctes Atticae XVII 21.
  9. Barthold Georg Niebuhr, History of Rome, vol. ii, p. 452 ss.